Se vai de visita a Dubrovnik tem que reservar algumas horas para visitar, pelo menos, uma das ilhas da Croácia. O Arquipélago de Elafite é composto por 13 ilhas, mas apenas três são habitadas. São elas, Kolocep, Lopud e Sipan. Nós visitámos as duas primeiras e a experiência foi inesquecível!

Estivemos na Croácia integradas num circuito organizado e por isso, viajámos para as ilhas num barco fretado só para o grupo, o “Marijana”, que nos foi buscar ao ancoradouro mesmo em frente ao hotel. Há vários barcos que fazem estes passeios às ilhas, com ou sem almoço e com vários horários, sempre a partir do Porto Antigo, junto às Muralhas de Dubrovnik.

Embarcámos logo pela manhã e partimos com destino a Kolocep. Logo à saída, passámos ao lado da moderna Ponte Franjo Tudman (primeiro Presidente da Croácia após a independência do país), que foi concluída em 2002. A ponte sobre o Rio Dubrovacka tem 518 metros de extensão.

Mais à frente passamos ao lado da pequena ilha de Daksa. Aqui aconteceu o massacre de 48 homens suspeitos de serem simpatizantes nazistas, tendo sido executados, sem julgamento, em Outubro de 1944, durante a Segunda Guerra Mundial.


Já fascinadas pela calma da navegação e pela cor do Mar Adriático, chegamos a Kolocep. E logo aí perguntámos: “O que é isto, chegámos ao Céu?” A água era cristalina, a paisagem lindíssima e a praia apetitosa. Fomos logo tomar um banho naquela água quentinha que chamava por nós.


A ilha é pequena, tem apenas 200 habitantes e aqui não circulam carros. Há um trilho de aproximadamente 3 Km que atravessa a ilha e pode ser feito a pé. As lagostas abundam ao largo desta ilha e a sua captura é uma grande fonte de rendimento.


Passeámos um pouco na zona do porto e vimos chegar a réplica do Galeão do século XVII, o “Tirena”, que faz estes percursos a partir de Dubrovnik.

Voltámos a embarcar, desta vez em direcção a Lopud. A aproximação a esta ilha deixou-nos “de queixo caído”! Se lá atrás tínhamos estado no Céu, agora chegávamos ao Paraíso!

A ilha é pouco maior que a anterior, com 250 habitantes. No entanto, vários factores tornam-na muito mais cosmopolita. Tem duas extensas praias e claro que fomos tomar um belo banho, (estava muito calor).

A única unidade hoteleira ali instalada é o Hotel Lafodia, um resort de luxo que contribui para o elevado número de turistas que animam a ilha e os seus serviços.

Antes deste, existiu o Grand Hotel, inaugurado em 1937 e que foi o primeiro grande edifício na costa da Dalmácia. A ilha foi considerada um retiro exclusivo e o hotel foi visto e usado como “máquina branca para o prazer”. A economia insular e o comércio marítimo ditaram que o hotel sofresse uma renovação em 1973, mas os eventos históricos trágicos que, durante a Segunda Guerra Mundial marcaram o hotel, que serviu de prisão para os judeus, ditaram o afastamento dos turistas e o seu afundamento económico.

Os jardins contíguos e o Parque de Lopud merecem uma visita, até porque as vistas são lindas.


Dentro do parque, rodeada de palmeiras está a Igreja da Santíssima Trindade, datada do século XVI.

Passeámos pela vila que tem bons restaurantes e lojas de souvenirs, apreciámos a arquitectura dos edifícios e passámos na Igreja que, infelizmente, estava fechada àquela hora.



Pela mesma razão, também não conseguimos entrar no Mosteiro Franciscano. A sua construção data do século XV e o seu campanário tem 40 metros de altura. No interior da sua igreja, há uma estátua em madeira da Virgem Maria em tamanho humano.

Nesta ilha também não há carros, mas pode alugar carrinhos de golfe para se deslocar até ao outro lado da ilha onde está a Sunj Beach. Se gosta de caminhar, pode fazê-lo à volta da ilha, pois há um trajecto criado para essa actividade. Também tem a possibilidade de fazer mergulho ou alugar um caiaque.

Estava na hora de regressar ao nosso barco que nos esperava no cais do Hotel Lafodia para o prometido almoço a bordo.

Foi divinal! A nossa muito simpática tripulação grelhou, na cozinha do barco, um peixe fresquíssimo com uma apetitosa salada e bebidas frescas à descrição.

De seguida, comemos fruta variada da época. Saborear esta refeição embaladas pelas águas do Adriático, foi inesquecível.

Quando nos aproximámos do porto de Dubrovnik estávamos com vontade de prolongar aquele maravilhoso passeio… mas havia mais Croácia para ver!

♥ Boa viagem ♥