A cidade de Dubrovnik fica situada no sul da Croácia, voltada para o Mar Adriático. Com os seus 80.000 habitantes, é a cidade mais visitada deste país. Dubrovnik cresceu encostada à Montanha de São Sérgio que, de tão íngreme que é, nunca permitiu nenhuma construção na sua encosta.

A história de Dubrovnik remonta aos tempos da pré-história e a um pequeno aglomerado populacional. A partir do século IX a cidade expandiu-se consideravelmente e no século XII o seu movimentado porto já era visto como uma ameaça a Veneza, tal não era o volume de transacções comerciais que ali se realizavam.

A zona identificada como “cidade velha”, foi concluída no século XIII e mantém-se igual até hoje, apesar do violento terramoto que a atingiu em 1667. A reconstrução que se seguiu foi fiel e exemplar. A “cidade velha” é circundada por uma gigantesca muralha construída entre os séculos XIII e XVI. Este conjunto é Património Mundial da UNESCO desde 1979.

Passear em cima das muralhas, é a principal atracção da cidade. Com 2 Km de extensão e a 25 metros acima do nível do mar, proporciona lindas vistas sobre os telhados vermelhos das velhas casas de pedra e o azul estonteante do Mar Adriático.


Durante o passeio e no Forte St. John, do lado Sul, pode visitar o Museu Marítimo de Dubrovnik, fundado em 1949. Um conselho: se puder escolher, faça este percurso de manhã. À tarde, com muito calor, fica muito difícil. A entrada para a visita das muralhas custa 150 Kunas.

Aqui ao lado fica a Banje Beach, a praia mais frequentada da cidade, com vista para o Porto Antigo, de onde saem barcos para visitar as belas ilhas croatas. Nós estivemos em Kolocep e Lopud.


Também aqui se alugam canoas para dar um passeio no mar.

Daqui avista-se o Forte Lawrence que foi construído em 3 meses pelos habitantes da cidade para se defenderem dos venezianos que ali se queriam instalar.

Dentro da “cidade velha” há muito para ver. A entrada faz-se passando por uma ponte levadiça, por cima de um fosso agora transformado em jardim e que leva ao Portão de Pile, construído em 1537 em estilo renascentista. Por cima observe a estátua de São Brás, padroeiro da cidade.


Do outro lado, a escadaria da muralha com uma coluna decorativa dá as boas vindas aos visitantes.

Logo aí, está instalada a Grande Fonte de Onófrio construída em 1438 pelo arquitecto italiano com o mesmo nome. Era o mais importante sistema de abastecimento de água da cidade, que vinha desde o Rio Dubrovacka, a 12 Km de distância. A fonte tem 16 bicas de água potável.

É bom que se saiba que a água das fontes de toda a cidade é potável e de muito boa qualidade.

Do outro lado fica o Mosteiro Franciscano em estilo românico-gótico do século XIV. No seu interior há uma biblioteca com mais de 30.000 volumes e um museu de peças sacras. Também é aqui que está a mais antiga farmácia da Europa, que se mantém em funcionamento desde 1391.

Na nossa frente apresenta-se a Stradun que é a rua principal. Chamo a atenção para o brilho do mármore no chão e pela fachada das lojas que são todas iguais com uma janela ligada com a porta.

Ao fundo da Stradun está a Torre do Relógio com 31 metros de altura e construída no século XV. A ponta termina com 4 sinos que tocavam para avisar a população quando havia algum perigo eminente.

Ao lado, o Palácio de Sponza, construído no início do século XVI em estilo gótico e renascentista, é um modelo de referência da época antes do terramoto. Neste edifício já funcionou a Alfândega e a Casa da Moeda. Actualmente, está aqui instalado o Arquivo Nacional.

De seguida aparece o Palácio dos Reitores, onde funcionava o centro do Governo. Construído no século XV em estilo gótico e renascentista com adições de barroco, é hoje o Departamento de História do Museu de Dubrovnik.


É aqui ao lado que está a Fonte Pequena de Onófrio, em estilo barroco-gótico, datada do século XV e com uma bacia com oito lados.

A Catedral da Assunção da Virgem substituiu a Catedral do século XII que foi totalmente destruída no terramoto de 1667.


A Igreja de São Brás foi erguida em homenagem ao padroeiro da cidade cujo dia se comemora a 3 de Fevereiro. Foi reconstruída no século XVIII em estilo barroco substituindo a do século XIV que se perdeu num violento incêndio. Aqui em frente está a Coluna de Orlando, construída em 1418, local onde eram feitos os anúncios do Governo e as punições públicas.

Rodeando a Catedral chega à Praça Gunduliceva onde se encontra a estátua de Dzivo Gundulic, o maior poeta da cidade, esculpida em 1893. Aqui funciona diariamente das 7h às 12h, um mercado onde os moradores vendem todo o tipo de produtos frescos e artesanato. Às 12h, milagrosamente desaparecem todas as bancas, não fica lixo nenhum e as esplanadas dos restaurantes tomam conta da Praça até de madrugada.

Aqui ao lado há uma pequena porta de acesso ao Bar Buza, cravado nas rochas e de frente para o mar. Conhecido pela esplanada nas pedras, é o melhor local para ver o pôr-do-sol e também se pode mergulhar nas águas do Adriático a partir dali.

Nas laterais da Stradun, as ruelas são muito típicas com escadas íngremes, varandas com flores e muitos restaurantes e pequenas lojas.


Passeando por aí, descobrirá a Capela de São Nicolau, de estilo românico do século X, com uma porta reconstruída no século XVII, em estilo barroco.

O Mosteiro Dominicano é uma obra dos séculos XIV e XV e contém no seu interior uma extensa colecção de arte e uma biblioteca com milhares de volumes e importantes manuscritos.

O poço posicionado no centro do jardim, do século XIV, foi a principal fonte de água limpa para a população, durante o cerco de Dubrovnik em 1991 pelo Exército Popular Jugoslavo, que não queria que a cidade pertencesse à Croácia e que durou sete meses.

Mas Dubrovnik não é só a “cidade velha”! No novo Bairro de Lapad, estão localizados os melhores hotéis e restaurantes muito famosos pela qualidade do marisco que servem.

É também aqui que estão as praias de Lapad e Copacabana.

O movimento de navios de cruzeiro é muito intenso nesta zona onde está instalado o Porto Novo.

George Bernard Shaw, Prémio Nobel da Literatura em 1925, era um apaixonado por esta cidade e terá mesmo dito em certa ocasião: “Aqueles que procuram o Paraíso na Terra devem vir a Dubrovnik”.
♥ Boa viagem ♥
Guia prático
♦ Quando ir
A cidade de Dubrovnik tem um clima tipicamente mediterrânico, com Verões muito quentes onde as temperaturas podem facilmente atingir os 40ºC. No Inverno regista-se pouca chuva e as temperaturas costumam andar entre os 5ºC e os 12ºC.
♦ Como ir
Não há voos directos de Lisboa para Dubrovnik. A TAP Portugal voa para Zagreb onde proporciona voo doméstico de ligação com a Air Croacia. Outras companhias fazem também voos com partida de Lisboa e ligação em várias capitais europeias com destino a Dubrovnik.
♦ O que vestir
Se vai viajar no Verão, previna-se porque esta cidade pode ser mesmo muito quente. Um agasalho pode sempre fazer jeito, dependendo da altura do ano.
♦ Alojamento
Há muita oferta hoteleira em Dubrovnik. Nós ficámos muito bem alojadas no Hotel Lapad. Excelente serviço e vista magnífica.
♦ Informações importantes
Visite o nosso Guia de Viagem para a Croácia onde encontrará indicações úteis sobre a entrada e permanência no país.