Castelo dos Mouros – uma viagem aos primórdios da História de Portugal

É na enigmática Serra de Sintra que vamos encontrar o Castelo dos Mouros, que terá sido erguido entre os séculos VIII e IX por muçulmanos oriundos do Norte de África que viram nos penhascos da serra o local ideal para construir esta fortificação de grandes dimensões. Do alto dos seus 450 metros, era possível avistar toda a planície de Sintra até ao Oceano Atlântico e o Rio Tejo, mantendo a guarda à região de Lisboa evitando assim os ataques por terra e mar.

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A planície de Sintra com o Oceano Atlântico ao fundo e a Quinta da Regaleira em primeiro plano
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As muralhas do castelo serpenteiam as colinas da Serra de Sintra
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As pedras cinzentas do Castelo dos Mouros contrastam com as paredes coloridas do Palácio da Pena. Os dois monumentos estão separados por escassos 500 metros

Em 1147 D. Afonso Henriques (1º Rei de Portugal) conquista Lisboa aos mouros. Em seguida ordena a repovoação da zona, assim como a reparação das muralhas e a construção, no interior das mesmas, da igreja de São Pedro de Canaferrim que foi a primeira igreja paroquial de Sintra.

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Entrada da igreja de São Pedro de Canaferrim
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Artefactos em exposição no interior da igreja

Foi neste local e na sequência de escavações arqueológicas iniciadas em 2009, que foram descobertos vestígios que comprovam a presença de habitantes das Idades do Bronze, do Ferro e Neolítico. Foi também encontrado um cemitério medieval cristão. No interior da igreja estão em exposição peças do Centro de Interpretação da História do Castelo.

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As obras promovidas por D. Fernando II danificaram algumas sepulturas aqui existentes. Neste local intitulado “O Túmulo”, foram reunidas todas as ossadas e colocada uma placa onde se lê: “O que o Homem juntou, só Deus poderá separar”
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Ventilação da cisterna no interior da qual corre a nascente que fornecia água para o Palácio da Pena

Os Reis que se seguiram, sempre tiveram a preocupação de cuidar da conservação da fortaleza, reforçando-lhe as defesas. A povoação de Sintra desenvolveu-se em redor da fortificação até ao século XV, altura em que os judeus (únicos habitantes do castelo) foram expulsos do país. O Castelo de Sintra ficou então desabitado. Em 1636 é atingido por um raio e é alvo de um violento incêndio. Entrou então em decadência tendo esse estado sido agravado pelo terramoto de 1755.

PRAÇA
Praça de Armas
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Portão árabe
PERGULA
Pérgula de inspiração árabe

No século XIX, durante o reinado de D. Fernando II, dá-se início a grandes obras de reconstrução e reflorestação das áreas circundantes. Foram acrescentados caminhos de ronda que hoje em dia proporcionam a quem faz esta visita, contemplar paisagens deslumbrantes sobre Sintra, os seus palácios e o Oceano Atlântico.

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Um dos caminhos de ronda
MURALHAS
Muralha reconstruida no reinado de D. Fernando II
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Placas de informação

Várias rampas e escadarias dão acesso às cinco torres do castelo. A recompensa pelo esforço é dada pelo ar puro da serra e a paisagem fantástica! Esta estrutura faz parte do conjunto de Sintra classificado pela UNESCO como Património Cultural da Humanidade em 1995.

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O Palácio Nacional de Sintra visto do castelo
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Uma das cinco torres do castelo
ESPREITAR
Através dos caminhos de ronda

Para alcançar o Castelo dos Mouros apanhe a carreira 434 que faz o “Circuito da Pena” na Vila de Sintra e que circula a cada 15 minutos entre as 9h30 e as 18h30. O bilhete custa 5.50€/ida e volta. O Castelo dos Mouros está aberto todos os dias entre as 10h e as 18h e os ingressos custam 7.50€/adultos e 6€/crianças e séniors. Os acessos no interior das muralhas têm algumas limitações para pessoas com mobilidade reduzida.

MAPA
Mapa do Castelo. O espaço está dotado de zonas de apoio aos visitantes tais como cafetaria, WC e loja de souvenirs

Delicie-se com a brisa e as paisagens verdejantes da Serra de Sintra, ao mesmo tempo que caminha sobre as páginas de um dos primeiros capítulos da História de Portugal.

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Pelos caminhos da História de Portugal…

♥ Boa viagem ♥

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