É impensável estar em Edimburgo e não visitar o seu castelo. Visível de qualquer ponto da cidade, já que se eleva a 120 metros acima do nível do mar, o Castelo de Edimburgo impõe-se pelo seu ar sombrio e altivo. Está posicionado no alto de um rochedo (Castle Rock), que teve origem num vulcão extinto que se pensa ter estado em actividade há 340 milhões de anos.

O castelo é a principal atracção da Escócia e recebe aproximadamente um milhão de turistas por ano. A ocupação do castelo pelos primeiros povos é tão remota, que é difícil conseguir informação correta sobre esta matéria, mas no decorrer de escavações feitas por arqueólogos no final do século XX, foram revelados sinais claros de habitação, no primeiro século depois de Cristo.

O castelo está dividido em três áreas ou zonas intituladas Recintos. O Recinto Baixo compreende a praça, onde está a bilheteira e onde se realiza todos os anos em Agosto, a mundialmente conhecida Edimburg Military Tattoo . O ingresso tem o preço de £16.50.

Para entrar no castelo e ter acesso ao Recinto Intermédio, tem que passar pelo Portão de Armas onde se lê a inscrição em latim “Nemo Me Impute Lacessit”, que, em português, significa “ninguém me ataca e sai impune”.


Logo aí toma contacto com as baterias de canhões que serviram para defender a cidade durante os vários ataques de que foi alvo ao longo dos séculos.


Mais adiante, o One O’Clock Gun é uma arma que dispara todos os dias às 13 horas, excepto ao domingo. Esta arma encontra-se neste local desde 2001. Originalmente, era um canhão, que ali foi colocado em 1861, mas que precisava de quatro homens para ser carregado e que tinha como função, fornecer o sinal horário para os navios, que em dias de nevoeiro, só assim se orientavam.

Nesta área está também a casa do Governador construída em 1742. Quando este posto foi extinto, passou a ser usada pelas enfermeiras do hospital do castelo.

A prisão militar foi construída em 1842, mas antes disso e durante muitos anos, os prisioneiros de guerra eram mantidos nas abóbadas do castelo. Em 1811 registou-se uma fuga prisional maciça e as autoridades decidiram então, que não havia segurança e era preciso mudar os prisioneiros para outro sítio e construir um edifício diferente para esse fim.


Em 1753 foram construídos dois grandes armazéns para munições. Um deles foi remodelado para ser o Hospital Militar e o outro é agora o Museu da Guerra Nacional da Escócia.

Ali está concentrada a história militar escocesa dos últimos 400 anos e também muitos artefactos militares como armaduras, medalhas, armas e outros.


Avançando na visita, entramos no Museu do Regimento Real da Escócia que foi criado em 2006.

Em 1983 este regimento comemorou o seu 350º aniversário. Nessa altura Sua Majestade a Rainha Isabel II, nomeou a sua filha, SAR a Princesa Ana, para o cargo de Coronel-em-Chefe do Royal Scots.


Continuando agora para o Recinto Alto, espreitamos a Capela de Sta Margarida, o edifício mais antigo do castelo. Era um lugar de culto privado da família real, da qual St. Margaret fazia parte e por quem era muito respeitada uma vez que praticava muitos actos de caridade.

Em frente da Capela está a Mons Meg, um canhão de cerco que foi construído em 1449 e que disparava balas de pedra com 150 Kg a uma distância de 3,2 Km. Está inactivo desde que o seu cano rebentou em Outubro de 1681.

O Memorial Nacional das Guerras é o local onde se presta homenagem aos soldados mortos durante a Primeira e a Segunda Guerra Mundial.

O Palácio Real contém os apartamentos que foram usados como residência pelos últimos monarcas. No primeiro andar estão as jóias da coroa: a Coroa da Escócia, o ceptro e a espada de Estado. É também aqui que está a Pedra do Destino sobre a qual os monarcas eram coroados. As jóias da coroa não podem ser fotografadas.

Dentro do castelo há cafés, restaurantes e lojas de souvenirs. Também ali são feitas várias recriações históricas para o público.

Não deixe de apreciar as magníficas vistas do castelo para a cidade e de onde também se avista o Mar do Norte.


E não se esqueça: o Castelo de Edimburgo é o local mais mal-assombrado da Escócia! Ali ocorreram várias mortes cruéis e desaparecimentos estranhos portanto não se admire se, de repente, descer bruscamente a temperatura ou sentir que lhe estão a puxar as roupas. Pode ainda encontrar nalguma esquina, um tocador de gaita de foles sem cabeça ou o fantasma de um prisioneiro de guerra!!!
♥ Boa viagem ♥