Situada no nordeste da Itália e banhada pelo mar Adriático, vamos encontrar a bela cidade de Veneza, a meio caminho entre o mar e a terra, sem pertencer nem a um, nem a outro. Esta cidade, absolutamente única, oferece ao visitante a possibilidade de andar de mãos dadas com o passado e o presente, que fluem através dos seus canais e palácios, arte, máscaras e luz que, ao cair da tarde, proporciona um bom espectáculo, devido à sua localização.

Não há nenhum registo histórico seguro sobre a origem da cidade de Veneza, mas sabe-se que a população original era formada por refugiados de cidades próximas, que fugiam das invasões germânicas. Na Idade Média, a cidade expandiu-se, muito por conta do comércio com o Oriente e os seus benefícios. Veneza soube aproveitar as mudanças no mundo ocidental e tirar daí proveito.

A decadência da cidade, deu-se quando Vasco da Gama descobriu o caminho marítimo para a Índia em 1498 e quando Cristóvão Colombo descobriu a América em 1492. No final do século XVIII a cidade é invadida pelas tropas de Napoleão, mas as lagoas, de pouca profundidade, foram uma excelente defesa, pois nas suas águas encalhavam os navios que não conheciam aquela rota de navegação. Também as “muralhas” de Veneza, que não são mais do que bancos de areia que ficam a descoberto na baixa-mar, foram grandes aliadas na defesa da cidade.

Presentemente, Veneza tem cerca de 270 mil habitantes, sendo que, 200 mil residem na parte continental, nos municípios de Mestre e Marghera. O continente e as ilhas estão ligados, desde 1933, pela Ponte della Libertá, uma ferrovia com 4km de extensão. Veneza tem origem numa lagoa do mar Adriático, a Lagoa de Veneza, que é Património Mundial da UNESCO desde 1987, onde se encontram as 118 ilhas e 177 canais ligados por 400 pontes.

O centro histórico é totalmente pedonal e o único meio de transporte é o barco. Comece a sua visita passeando a pé e perca-se nos becos e ruelas, atravesse as pequenas pontes que separam as ilhas e usufrua dos restaurantes e belas esplanadas floridas nas margens dos canais e, já agora, delicie-se com a gastronomia italiana que é divinal, ao som do bater da água nos cais provocado pelo deslizar das gôndolas.


Passeie num Vaporetto (autocarro aquático), de barco, de táxi aquático ou de gôndola pelo Grande Canal, que é a alma da cidade e é também a imagem que melhor a identifica.


Contemple a arquitectura gótica e renascentista dos palácios, grandes hotéis e residências particulares. Visite a ilha de Murano onde estão concentrados os maiores cristaleiros de Itália. As montras das lojas estão cheias de características peças em vidro.

A ilha de Burano, outrora famosa pelos seus bordados, também é interessante com as suas casas de cores garridas. Se gosta de arte, visite a Galeria Dell’Accademia. Aí encontra a mais completa colecção de obras de arte de Veneza.

Atravesse o Pequeno Canal e repare na Ponte dos Suspiros datada de 1600, que liga o Palácio Ducal à prisão. Diz a lenda que o nome da ponte surgiu porque os prisioneiros que ali passavam, suspiravam ao olhar para as janelas, porque sabiam que nunca mais iam ver a luz do dia.

Vá até à Ponte do Rialto, a mais antiga e mais famosa, sobre o Grande Canal, que foi construída no final do século XVI. O interior dos seus arcos fechados alberga lojas de souvenirs.

A Praça de S. Marcos é o grande salão de Veneza, onde se cruzam diariamente milhares de turistas com uma grande comunidade de pombos, e onde se concentra a arte e arquitectura veneziana.

Aprecie o desfile dos grandes navios de cruzeiro que ali passam, no seu trajecto entre o Terminal de Cruzeiros e o mar Adriático.

Visite a Catedral de S. Marcos, aprecie a arquitectura do Palácio Ducal ou a Torre do Campanário.

O berço de Vivaldi é cidade de muitos eventos, sendo o Carnaval de Veneza, o mais popular. A Bienal de Veneza é uma exposição internacional de artes que engloba também o Festival Internacional de Cinema de Veneza e o Festival de Música Contemporânea.

♥ Boa viagem ♥
Guia prático
♦ Quando ir
O clima da cidade varia por influência da proximidade do mar e das montanhas e também por essa razão, a chuva é muito frequente no verão quando as temperaturas facilmente atingem os 30 graus, mas no inverno podem descer a valores negativos.
♦ Como ir
Há várias companhias aéreas a fazer voos directos de Lisboa para o aeroporto de Marco Polo. Daí para o centro da cidade tem várias opções: comboio, autocarro ou barco. Vai depender da zona onde fica alojado, mas os transportes são frequentes e eficazes.
♦ O que vestir
É frequente acontecerem cheias na Praça de S. Marcos. Se viajar no inverno, leve umas galochas, mas uma protecção para a chuva faz falta todo o ano.
♦ Alojamento
O Antony Palace Hotel tem excelente serviço e comodidade mas fica longe do centro histórico.
♦ Transportes
A estação ferroviária de Santa Lucia é o principal acesso à cidade de Veneza por via terrestre e serve a linha Veneza-Milão-Veneza.
♦ Segurança
Veneza é uma cidade sujeita a grande concentração de turistas durante todo o ano e os carteiristas são presença constante. Fique muito atento aos seus bens.
♦ Informações importantes
Visite o nosso Guia de Viagem para a Itália onde encontrará indicações úteis sobre a entrada e permanência no país.
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