A Croácia é uma bênção da natureza! À medida que fomos avançando na nossa viagem apercebemo-nos que este país havia de ficar nas nossas memórias pelos mais belos motivos. A descoberta de Split foi mais uma agradável surpresa! Com aproximadamente 200.000 habitantes Split é a segunda maior cidade da Croácia, mas só passou a fazer parte deste país depois da Segunda Guerra Mundial.

Situada numa pequena península da Dalmácia, na margem oriental do Mar Adriático, a cidade vê o seu porto assumir um papel primordial nas transacções comerciais e a sua industrialização assume uma larga escala. Nos dias de hoje muitos navios de cruzeiro frequentam estas paragens e vários barcos partem daqui diariamente para levar turistas às várias ilhas croatas.

A cidade, que sofreu várias ocupações ao longo da sua História, cresceu à volta do Palácio de Diocleciano (Imperador Romano que aqui governou até ao ano 305). Os primeiros cidadãos, refugiados de guerra, fixaram residência no lado de dentro das suas muralhas no ano de 639.

Com o passar dos séculos a cidade desenvolveu-se, mas o centro de todos os acontecimentos continua a ser o Palácio (um dos maiores e mais bem preservados do mundo romano) que na verdade é, hoje em dia, um conjunto de ruínas.


Apesar disso e através dos tempos aqui foram sendo construídas lojas, mercados, praças e até a Catedral de São Dômnio, tudo isto inserido nos corredores, pisos e muros do antigo Palácio de Diocleciano. Todo o Núcleo Histórico de Split foi classificado Património da Humanidade pela UNESCO em 1979.


A Catedral de São Dômnio foi construída no século IV em honra do Bispo de Salona que foi perseguido e martirizado por Diocleciano. A mais antiga catedral do mundo na sua estrutura original (algumas partes foram sendo alteradas com o tempo), tem ainda uma Torre sineira que data do ano 1100.


O Peristilo é a área central do Palácio que servia de ligação entre o apartamento imperial, os templos e o mausoléu. Hoje em dia são aqui feitas várias apresentações musicais devido à excelente acústica do local.

Continuando a visita pelas ruas e ruínas deste conjunto arquitectónico, passamos pela Torre do Relógio (todas as cidades da Croácia têm uma) construída no século XII.


O Palácio Papalic recebe o Museu da Cidade. Lá dentro pode encontrar móveis, moedas, documentos, roupas, esculturas, mapas, etc. O museu tem três andares e foi inaugurado em 1911. Está aberto ao público de terça a sexta-feira das 9h às 21 horas. Aos sábados, domingos e segundas-feiras encerra às 16 horas. O preço da entrada varia entre 10 e 20 Kunas consoante a idade.


Algumas figuras religiosas de peso refugiaram-se na cidade. No ano de 926 o Bispo Grgur Ninski ficou famoso ao opor-se fortemente ao Papa, introduzindo a língua croata nos serviços religiosos, que eram apenas em latim e muita gente não compreendia. A sua força de vontade e persistência resultaram numa grande aproximação do povo à Religião Católica. A sua estátua foi erguida em 1929 e tem 8,5 metros de altura.



“Riva” é o passeio marítimo onde estão concentrados os melhores restaurantes e bares da cidade. As esplanadas convidam a ficar e apreciar a vista para o Mar Adriático.


Durante esta visita ficámos alojadas no Hotel President Split, muito perto do centro, com ambiente muito agradável, quartos espaçosos e boa comida.

Se está por aqui, por que não visitar Trogir? As duas cidades estão separadas por apenas 28 Km. Com o Mar Adriático a seus pés e apenas 11 mil habitantes, Trogir é uma cidade croata pequena em tamanho mas grande em beleza! O Centro Histórico de Trogir foi considerado Património da Humanidade pela UNESCO em 1997.


Influenciada por gregos, romanos e venezianos que aqui viveram, a cidade foi tomando forma com a construção de fortalezas, igrejas, palácios e torres, tudo numa pequena ilha ligada ao continente por duas pontes.


A cidade de Trogir é considerada o complexo românico-gótico mais bem preservado do Adriático e um museu a céu aberto. O porto da cidade adquiriu desde sempre uma importância fundamental na economia local. A construção naval é a indústria mais importante a par do turismo.

Depois de passarmos a ponte e o Portão da Terra e andando pelas ruas estreitas da cidade, chegamos à Praça João Paulo II. Aqui estão concentrados os principais marcos de Trogir.


A Catedral de São Lourenço foi construída entre os séculos XIII e XVII, uma das razões dos seus vários estilos. Se quiser subir os 47 metros da torre, vai poder apreciar a vista sobre toda a cidade.


A Loggia e a Torre do Relógio estão em frente da Catedral e são construções que remontam ao século XIV. Actualmente é ali que funciona o Tribunal. Durante o Verão, grupos corais animam os turistas cantando neste local.

O antigo Palácio dos Governadores é hoje a Prefeitura de Trogir onde ainda se realizam algumas cerimónias oficiais. No piso térreo está instalado o Escritório de Turismo.

Continuando por ruas e vielas, chegamos ao outro lado da ilha. Neste local a maior parte da muralha original foi derrubada pelo governo de Napoleão, no século XIX, para deixar circular o ar durante uma epidemia de malária.


Aqui encontramos o Passeio Marítimo “Riva” voltado para a ilha de Ciovo, com os seus restaurantes e bares muito típicos e agradáveis esplanadas que convivem lado a lado com a Igreja e Mosteiro St. Dominik do século XIII.



Seguindo pela beira-mar e na ponta da ilha está a Fortaleza Kamerlengo construída no século XV e cujo nome homenageia o oficial veneziano responsável pelas finanças municipais. Entre Junho e Setembro este local é palco do Grande Festival de Verão, de música clássica e folclórica, que toma conta de Trogir.

A Torre Sv. Marca foi construída pela república veneziana no século XV durante a invasão turca. A sua função era de defesa personalizada de tiros. Mais tarde foi ligada às muralhas e ao Forte da cidade.

Este país cheio de História, tem milhares de Kilómetros de costa mediterrânea e mais de 1000 ilhas. Venha descobri-lo!


♥ Boa viagem ♥