Edimburgo – misticismo e tradição

Há coisas que deixam marcas na alma e esta cidade deixou em nós uma imensa vontade de lá voltar. Edimburgo é a capital da Escócia, no Reino Unido, desde o século XV. O contraste e equilíbrio entre as zonas da cidade velha medieval (Old Town) e a cidade nova georgiana (New Town), levaram a UNESCO a atribuir-lhe o título de Património Mundial em 1995. Estas duas zonas da cidade estão ligadas pela North Bridge.

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North Bridge

Começamos pela Royal Mile (milha real), uma longa avenida, que é por assim dizer, o coração do centro histórico da cidade. É fácil visitar a cidade a pé, porque os principais pontos de interesse estão agrupados em conjuntos, muito perto uns dos outros. Mesmo assim, saiba que, os transportes públicos funcionam bem.

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Royal Mile

No cimo da rua, imponente, do alto do seu vulcão extinto e dominando a cidade, está o Castelo de Edimburgo, a sua principal atracção. Recebe anualmente um milhão de turistas.

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Castelo de Edimburgo

Agora vamos passear e sentir o ambiente escocês que os habitantes insistem em preservar, além de que, gostam muito de usar com frequência o seu Kilt (traje típico).

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Escocês tocando gaita de foles e envergando o Kilt

Começando a descer a rua, a partir do castelo, aparece a igreja The Hub, com a sua torre gótica, a mais alta da cidade. É também aqui a sede da organização do mundialmente conhecido Festival de Edimburgo, que acontece todos os anos desde 1947, durante as três últimas semanas de Agosto.

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Igreja The Hub

Este evento compreende uma série de festivais simultâneos de arte e cultura onde se destaca o Edimburg Military Tattoo, que é um desfile de bandas militares de todo o mundo. As bandas escocesas são muito apreciadas com as suas gaitas de foles e os seus Kilts. Estima-se que um milhão de turistas se deslocam anualmente a Edimburgo para assistir a esta festa, que culmina com um monumental fogo-de-artifício.

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Cartaz anunciando o Edimburg Military Tattoo

Continuando, ao longo da rua está sempre alguma actuação a acontecer.

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Grupo de actores fazendo uma exibição na Royal Mile

Paramos na Catedral de St. Giles que é também, a Sede Episcopal de Edimburgo. A entrada é gratuita mas o visitante é convidado a deixar um pequeno donativo. Os vitrais merecem alguns minutos da nossa atenção.

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Interior da Catedral de St. Giles
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Vitrais na Catedral de St. Giles

Mais abaixo, entramos no submundo “assombrado” e cinzento que caracteriza esta cidade! Chegamos ao Mary King’s Close, uma das principais atracções de Edimburgo, que é um conjunto de becos por baixo dos edifícios do centro histórico, que formam uma rede subterrânea, para onde eram mandadas as pessoas com a peste negra, doença que assolou a cidade no século XVII. As saídas desses becos eram depois trancadas com tijolos.

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City Hall de Edimburgo ao lado de Mary King’s Close na Royal Mile

Reza a lenda que uma menina com 5 anos, chorava todos os dias porque tinha perdido a sua boneca. Essa menina, a Annie, é hoje o fantasma mais famoso de Edimburgo e dizem que ainda hoje se ouve o choro dela! Muitos turistas que visitam o local, levam uma boneca ou doces para lá deixar. Essas ofertas são doadas a instituições de caridade. O preço da entrada são 14 libras.

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Arquitectura de Edimburgo

Por baixo da South Bridge, que atravessa a Royal Mile, há também as South Bridge Vaults, que são caves “assombradas” que no século XVIII eram habitadas por pessoas pobres. Estes locais, sujos e deprimentes, fizeram com que estas pessoas se tornassem traficantes e assassinos.

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Passeando por cima das “assombradas” South Bridge Vaults

Em 1828, dois serial killers andaram pela cidade a cometer crimes. Depois guardavam os corpos nestas caves e vendiam-nos a um professor de anatomia. Se fizer uma visita a estas catacumbas, pode ser que “almas penadas” lhe façam companhia! Há também visitas guiadas nocturnas, a pé ou de autocarro, a outros locais “fantasmagóricos”, cujos preços variam entre as 11 e 16 libras.

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A circulação faz-se no sentido inverso

Ao longo da Royal Mile, assim chamada por medir exactamente uma milha (1609 m), encontra vários Pubs onde também podem ocorrer episódios sinistros, como portas que batem sozinhas, luzes que se apagam, sombras ou barulhos estranhos.

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Pub escocês

Aqui também há restaurantes, hotéis, lojas de souvenirs e espaços especialmente dedicados à venda de Kilts e seus acessórios sem esquecer os pontos de venda do famoso whisky escocês.

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Comércio na Royal Mile

Perto do fim deste passeio, ergue-se o novo edifício do Parlamento, de arquitectura moderna mas bem enquadrada no conjunto. A visita é livre e tem que passar pelas máquinas de controlo de segurança. No fim da rua apresenta-se o Palácio de Holyrood que no século XII foi usado como mosteiro e depois foi residência principal de Reis e Rainhas da Escócia. A Rainha Isabel II, usa o palácio para as suas férias, no início de cada Verão. A visita completa (palácio+ jardins+ galeria da Rainha) custa 17 libras.

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Entrada do Palácio de Holyrood

Vamos agora para a New Town e aí, entramos na Princes Street. Esta rua é o principal centro de comércio da cidade, onde encontra as marcas internacionais mais conceituadas e também os melhores restaurantes. É zona de passagem de todos os transportes públicos da cidade.

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Trânsito na Princes Street e Hotel Balmoral

É também aqui que se localiza a principal estação ferroviária, a Waverley, de onde partem comboios para todo o país.

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Uma das entradas da Waverley Station

Ao lado, está o majestoso Hotel Balmoral, o mais luxuoso de Edimburgo, em estilo vitoriano, que foi inaugurado em 1902. O relógio da sua torre está propositadamente adiantado 3 minutos, para que todos cheguem a horas de apanhar os comboios. Apenas no dia 31 de Dezembro é acertado, para a celebração da passagem do ano.

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Torre do relógio do Hotel Balmoral na Princes Street

Um pouco adiante, impõe-se o monumento a Sir Walter Scott, o mais famoso autor escocês. Tem 60,9m de altura e é o maior monumento do mundo a um escritor. Se pretende subir ao topo, saiba que tem 287 degraus à sua espera e uma escada em caracol, muito estreita, ao terminar. Durante a subida vá apreciando as 64 estátuas dos personagens dos livros de Scott. Lá no cimo tem uma vista admirável da cidade e o ingresso custa 3 libras.

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Monumento a Sir Walter Scott

Continuando, ao longo do caminho depara-se com a Real Academia Escocesa, que apoia a cultura e promove residências para os artistas associados. A entrada é gratuita. Ao lado, a Galeria Nacional da Escócia, que possui a maior colecção de arte do país. A entrada é gratuita, salvo quando exibe exposições especiais.

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Uma das escadarias de acesso a Princes Street Gardens

Os Jardins de Princes Street surgiram no final do século XVIII depois da drenagem do Lago Nor (Nor Lock). Em 1846 foi construída a linha de caminho-de-ferro que liga Edimburgo a Glasgow e que passa no vale que ladeia o parque. Os habitantes da cidade e os turistas, usufruem bastante de Princes Street Gardens para apanhar sol, quando há, ou para assistir a concertos e outros eventos que ali se realizam.

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Princes Street Gardens

Na entrada do parque está o relógio de flores mais antigo do mundo e que funciona de verdade, mas só na Primavera e no Verão.

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Relógio na entrada do jardim de Princes Street

Mais adiante encontra-se a Igreja de S. João Evangelista. A sua construção é do início do século XIX. Na parte traseira, existe um cemitério onde estão sepultadas figuras ilustres da sociedade escocesa.

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Igreja de S. João Evangelista

Calton Hill é visita obrigatória. Esta colina no centro de Edimburgo, possui vários monumentos nacionais escoceses e britânicos.

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A colina de Calton Hill vista do Castelo

O Monumento Nacional da Escócia, construído no início do século XIX, foi erigido para homenagear os soldados e marinheiros que morreram nas guerras napoleónicas.

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Monumento Nacional da Escócia

A construção do Monumento a Dugald Stewart, foi concluída em 1831, em memória do prestigiado professor de Filosofia da Universidade de Edimburgo e é um modelo inspirado na arquitectura grega, que chamou a atenção na época.

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Monumento a Dugald Stewart

O Monumento de Nelson foi construído entre 1807 e 1815 para comemorar a vitória de Nelson na batalha de Trafalgar em 1805 onde, contudo, o Almirante encontrou a morte.

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Monumento de Nelson

Há muitos “mistérios” nesta cidade para desvendar. Procure-os e divirta-se.

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Procurando fantasmas em Calton Hill com o Mar do Norte ao fundo

♥ Boa viagem ♥

Guia prático


♦ Quando ir

Em Edimburgo pode experimentar as quatro estações no mesmo dia. No Verão as temperaturas atingem apenas os 20ºC. No Inverno não sobem para além dos 7ºC e pode até nevar. Chuva e nevoeiro marcam presença todo o ano.

♦ Como ir

A Easyjet tem voos directos de Lisboa para Edimburgo mas várias outras companhias aéreas voam para Londres com ligação a voos domésticos para Edimburgo. Outra opção é ir de comboio a partir de Londres. As opções são várias mas as viagens de avião são quase sempre mais baratas.

♦ O que vestir

Previna-se para o frio e a chuva independentemente da data da sua viagem porque, de uma hora para a outra ou faz sol, ou cai uma grande chuvada. Não se esqueça de levar calçado suplementar porque se molhar, já não consegue secar.

♦ Alojamento

Nós ficámos muito bem instaladas no Hotel Premier Inn, perto da Princes Street.

♦ Informações importantes

Visite o nosso Guia de Viagem para a Escócia onde encontrará indicações úteis sobre a entrada e permanência no país.

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