Helsínquia é a capital da República da Finlândia desde 1917, ano em que o país se tornou independente do Império Russo. Localizada no Golfo da Finlândia, no mar Báltico, é formada por inúmeras ilhas entre as quais Suomenlinna cujo Forte foi elevado, em 1991, a Património Mundial pela UNESCO. Com aproximadamente 600.000 habitantes, Helsínquia é uma cidade pequena e normalmente visitada de passagem para outros países. Apresenta-se como uma cidade calma, aprazível, muito limpa e, devido à sua geografia, facilmente visitada a pé.
♦ O que visitámos
Chegámos bem cedo e ficámos alojadas no Scandic Hotel Grand Marina localizado na ilha de Katajanokka, em frente ao terminal de ferries da Viking Line, e bem perto do centro da cidade.
Apesar da chuva que teimava em cair, saímos do hotel por volta das 06.00h e iniciámos a nossa visita com a cidade ainda adormecida. Nas ruas… só nós.
Ainda de madrugada, e com tudo fechado, fomos andando até à Igreja da Pedra (o local mais distante que queríamos visitar). Passámos a Praça do Mercado, ainda vazia, e entrámos no Esplanadi Park. Muito perto do Porto Sul, o parque serve de passeio e espaço para descansar e relaxar tanto para turistas como para os habitantes. Também aqui se pode assistir a eventos ao ar livre, especialmente nos meses de verão.
Chegámos à Igreja da Pedra (Temppeliaukio Kirkko) ainda bastante cedo. É uma obra arquitectónica dos irmãos Timo e Tuomo Suomalaine. Esta Igreja Luterana foi inaugurada em 1969 e está construída dentro de rocha que cria naturalmente as suas paredes. É um dos locais mais visitados de Helsínquia. A entrada é gratuita e o horário de abertura é variável, podendo encerrar durante cerimónias. No dia em que fomos, sábado, abriu às 9h30m.
Começámos, então, o caminho de volta para o centro da cidade e a primeira paragem foi na Praça dos Caminhos de Ferro (Rautatientori), sempre muito movimentada devido à Estação dos Comboios e ao terminal de autocarros. Aqui podemos ver e participar em algumas atividades mais radicais. É ladeada pelo Teatro Nacional Finlandês, pelo Ateneum Museu de Arte Clássica e pela Estação Central de Comboios. É daqui que partem os comboios para toda a Finlândia e também o Allegro, comboio de alta velocidade, com destino a São Petersburgo, na Rússia (o nosso destino seguinte). Vale a pena a visita. A estação tem várias lojas e um posto de câmbio. É, também, desta praça que partem os autocarros para o aeroporto.
Já sem chuva, continuámos em direcção à Praça do Senado (Senaatintori), o centro principal da cidade. Os edifícios mais importantes que rodeiam a praça são a Catedral de Helsínquia, o Palácio do Governo, o edifício principal da Universidade de Helsínquia e da Biblioteca Nacional da Finlândia. Ao centro ergue-se a estátua de Alexandre II (Czar Russo e Grão-Duque da Finlândia).
A Catedral de Helsínquia (Tuomiokirkko) é uma Igreja Evangélica Luterana e o monumento mais visitado pelos turistas. Vista da Praça do Senado é imponente mas o seu interior, não deixando de ser bonito, é bem simples. Devido à sua localização é possível ver a sua cúpula verde em vários pontos da cidade. A entrada é gratuita. Fecha durante cerimónias.
Já perto da hora de almoço seguimos para a Praça do Mercado (Kauppatori), no Porto Sul. É aqui que se localiza o mercado mais famoso de Helsínquia. Nas suas tendas vendem-se, entre outras coisas, artesanato, souvenirs, roupas, alimentos tradicionais e refeições prontas a servir com preços bem convidativos. É uma ótima oportunidade para almoçar e fazer algumas compras. De verão está aberto todos os dias. No inverno fecha aos domingos. A Câmara Municipal de Helsínquia e o Palácio Presidencial ficam no lado norte da praça e é deste porto que saem os ferries para a ilha de Suomenlinna.
Ainda no porto entrámos no Mercado Velho de Helsínquia (Vanha Kauppahalli). Está aberto desde 1889 e aqui vende-se tudo o que é habitual encontrar num mercado municipal. Também há pequenos cafés e restaurantes onde pode fazer boas refeições. Nós bebemos um café que custou 2,50€ (bastante bom e acompanhado com um chocolatinho para adoçar a boca e servido com grande simpatia).
Saímos do Porto Sul para visitar a Catedral Uspenski, situada na ilha de Katajanokka. É o maior templo ortodoxo da Escandinávia e um dos símbolos da influência russa na história da Finlândia. A entrada é gratuita. Fecha durante cerimónias.
Ainda com algum tempo, resolvemos dar um passeio pela ilha Katajanokka e visitar o Porto Norte onde, esses gigantes, os quebra-gelos do mar Báltico estão, agora, à espera do Inverno.
O nosso tempo esgotou-se e muito ficou por ver. A cidade ainda tem inúmeros museus e parques que, decerto, mereceriam a nossa visita. Regressámos ao hotel para jantar e descansar. Na manhã seguinte partiríamos para São Petersburgo.
♥ Boa viagem ♥
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Guia prático
♦ Quando ir
Os Invernos são rigorosos com temperaturas máximas que podem descer aos -2ºC. Os melhores meses para visitar serão os de Junho, Julho e Agosto. Os dias são compridos e as temperaturas mais agradáveis. As máximas podem rondar os 22ºC e as mínimas os 12ºC mas prepare-se porque é frequente chover.
♦ Como ir
Várias companhias aéreas fazem a ligação de Lisboa para Helsínquia.
Nós viajámos na TAP em voo direto com duração aproximada de 4h35m.♦ O que vestir
Num dia podem fazer as quatro estações, por isso convém levar um agasalho para a noite (os 12ºC são mesmo muito frios) e proteção para a chuva que teima em cair mesmo em Agosto. Um casaco tipo polar, um impermeável e um pequeno chapéu-de-chuva são uma mais-valia na sua mala de viagem.
O mesmo para o calçado. Uns ténis serão uma boa opção. Confortáveis e protegem da chuva que aparece repentinamente.♦ Alojamento
Nós ficámos no Scandic Hotel Grand Marina mas a cidade tem ofertas para todas as bolsas.
♦ Informações importantes
Visite o nosso Guia de Viagem para a Finlândia onde encontrará indicações úteis sobre a entrada e permanência no país.