O Panteão Nacional – guardião dos mais ilustres cidadãos portugueses

É um dos mais grandiosos monumentos da cidade de Lisboa e onde Portugal presta homenagem a algumas das mais ilustres figuras da sua sociedade que se distinguiram nas áreas da cultura, artes, literatura, desporto ou política. Sendo uma das atracções mais visitadas da capital portuguesa, o Panteão Nacional é um excelente exemplo da arquitectura barroca e imagem de marca no panorama da cidade.

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Um monumento que salta à vista no cimo da colina

Falando um pouco da sua história, o actual templo começou por ser uma igreja erguida em 1568, por determinação da Infanta D. Maria, para marcar a criação da freguesia de Santa Engrácia. Em 1681, um violento temporal deixou estragos irremediáveis no frágil edifício e no ano seguinte foi iniciada a construção da Igreja de Santa Engrácia. João Antunes, um dos mais importantes arquitectos do período barroco em Portugal, inspirou-se no modelo da Igreja de S. Pedro em Roma.

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Portal de entrada
FACHADA
Por cima da entrada, as esculturas de Santa Engrácia, S. Teotónio e Santa Isabel

O seu interior está repleto de mármores de várias cores que lhe conferem uma beleza única e que, juntamente com o altar e o órgão, provocam expressões de exclamação logo na entrada.

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A cúpula
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O lado interior da entrada vista do alto da cúpula
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O fabuloso órgão da basílica que está operacional
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Cadeira de nogueira, veludo e seda com brasão episcopal e tocheiros de casquinha dourada

As suas obras arrastaram-se por quase 300 anos com avanços e recuos durante os quais o espaço serviu de armazém de armamento do Arsenal do Exército e até de fábrica de sapatos! Desta situação surgiu a expressão portuguesa “obras de Santa Engrácia” que significa algo que nunca mais acaba.

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Acesso ao WC. no interior da basílica
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Pormenores arquitectónicos de rara beleza

No seu interior, para além dos túmulos de várias personalidades internacionalmente reconhecidas, estão também os cenotáfios (memoriais fúnebres que homenageiam pessoas cujos túmulos estão noutros locais), de heróis da História de Portugal.

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Sala com os túmulos de Manuel de Arriaga (1º Presidente da República Portuguesa), Teófilo Braga (Presidente do Governo Provisório e 2º Presidente de Portugal), Sidónio Pais (4º Presidente de Portugal) e Óscar Carmona (11º Presidente da República Portuguesa)
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Túmulo de Eusébio da Silva Ferreira (considerado um dos melhores futebolistas de todos os tempos pela Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol). Nesta sala repousam ainda: Sophia de Mello Breyner Andresen (uma das mais importantes poetizas portuguesas do século XX), Aquilino Ribeiro (um dos mais famosos romancistas portugueses do início do século XX) e Humberto Delgado (militar português da Força Aérea imortalizado por encabeçar o movimento de tentativa de derrube do regime salazarista.
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Túmulo de Amália Rodrigues (fadista portuguesa reconhecida internacionalmente como sendo uma das mais brilhantes cantoras do século XX). Nesta sala estão também os restos mortais de João de Deus (pedagogo e autor do método de ensino da leitura que ainda hoje se segue nas escolas), Guerra Junqueiro (poeta que implementou o ambiente revolucionário que conduziu à implantação da República e Almeida Garrett (escritor e grande impulsionador do teatro em Portugal).
CENO
Espaço reservado aos cenotáfios. Aqui presta-se homenagem a D. Nuno Álvares Pereira (o maior estratega militar português de todos os tempos), Infante D. Henrique (a mais importante figura da era das descobertas), Pedro Álvares Cabral (navegador e explorador que descobriu o Brasil), Afonso de Albuquerque (Governador da Índia portuguesa e grande estratega), Vasco da Gama (descobridor do caminho marítimo para a Índia) e…
CAMOES
… cenotáfio de Luís de Camões (poeta considerado uma das maiores figuras da literatura portuguesa e ocidental.

Num patamar superior encontra-se uma exposição sobre a História da República e do país. Das varandas deste piso a vista para o centro da nave é sublime. Daqui é possível apreciar mais de perto o trabalho que foi feito com o jogo de cores dos mármores de diferentes proveniências e ainda as esculturas em redor das colunas.

EXPOS
Aspecto da exposição sobre a República Portuguesa
ESCADA
Escadaria de acesso aos pisos superiores
VARANDAS
As varandas panorâmicas para o interior da nave
MARM
Aspecto das cores e desenhos dos mármores usados na construção da igreja

Continuando a subir as estreitas escadas em caracol, é fácil imaginar o que nos espera: um enorme terraço em volta da sua majestosa cúpula com uma vista de 360 graus sobre a cidade e o Rio Tejo, que é um orgulho para os lisboetas e um deleite para os turistas e amantes de fotografia.

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A varanda interior da cúpula
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O novo terminal de cruzeiros de Lisboa visto a partir do Panteão Nacional
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A cúpula vista de perto
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A varanda que rodeia todo o monumento e que oferece uma linda vista sobre a cidade

A Igreja de Santa Engrácia ganhou o estatuto de Panteão Nacional em 1916 e pode ser visitada de 3ª feira a domingo entre as 10h e as 17h. A entrada custa 4€ e para estudantes e séniores, 2€. As visitas são gratuitas no primeiro domingo de cada mês e para pessoas com mobilidade reduzida e um acompanhante e ainda para cidadãos em situação de desemprego residentes na União Europeia.

ENTRADA
Aspecto do corredor que circunda a entrada

Se estiver de passagem por Lisboa, recomendamos que junte este monumento à sua lista de locais a visitar.

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Gostamos de viajar mas somos apaixonadas por Lisboa, a cidade que nos viu nascer!

♥ Boa viagem ♥

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